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24 setembro, 2011

Olá

Estamos retornando depois de uma longa ausencia.
Obrigada a todos e todas.

04 junho, 2010

FÉ E RAZÃO

Somos aventureiros neste mundo.

Costuma-se colocar em oposição religião e filosofia, confiança e criticidade, fé e razão. Mas, na verdade, é o relacionamento entre fé e razão que nos faz não somente evoluir, mas principalmente chegar a conclusões importantíssimas: a nossa vida é apenas uma viagem e nós estamos somente de passagem por esta existência. Somos aventureiros neste mundo. Mas é necessário que esta viagem seja boa, seja uma viagem que nos dê prazer e felicidade, como também seja uma dádiva aos outros e ao universo. Depois de partirmos desta existência deixaremos este universo a outras gerações; portanto, é importante não somente conservá-lo, mas transformá-lo em um mundo melhor. Nesta passagem por aqui o maior valor que se deve proteger é a vida.

O respeito e amor à vida e, portanto, a nós mesmos e aos nossos semelhantes, deve estar acima de qualquer norma humana ou religiosa. Nenhum ser humano e nenhum Deus pode criar estruturas ou normas que tornem o ser humano um objeto ou um escravo. Se Deus existe e nos criou, Ele nos fez seres racionais e, portanto, deve ser seu grande desejo que possamos usar a razão e viver em liberdade escolhendo racionalmente nossos caminhos e nos respeitando mutuamente. Neste sentido, tenha fé, mas não deixe de raciocinar; acredite em Deus, mas não deixe de questioná-lo; viva, mas dê um bom sentido a sua passagem por aqui; ame e respeite seus semelhantes, mas não se apegue demais a eles. Conheça o mundo, procure saboreá-lo, torne-o melhor com sua presença e faça uma boa viagem!

COMO ENCONTRAR DEUS ?

Hoje em dia, milhares de pessoas procuram Deus para solucionar seus problemas.

O melhor caminho para não encontrar Deus é procurá-lo por motivos errados. Existem pessoas que freqüentam religiões, mas exatamente por este motivo deixaram (se é que um dia o foram) de ser religiosas. Muitas pessoas podem até ter a sensação de estarem próximas de Deus (“finalmente encontrei Jesus!”), mas, na verdade, não o encontraram, porque a aproximação aconteceu por razões erradas. Hoje em dia, milhares de pessoas procuram Deus para solucionar seus problemas.

O ser humano procura Deus para fugir de seus sofrimentos, para ser curado de uma doença, para se livrar da depressão, para ganhar mais dinheiro e principalmente para encontrar a felicidade. Justamente, todas estas razões farão com que Deus não seja encontrado. Todas elas são fruto das carências humanas e apesar de ser compreensível que pessoas com estas razões estejam buscando a solução de seus problemas, estão, infelizmente, no caminho errado. Se a busca de Deus é motivada pela fuga do sofrimento, dificuldades financeiras, o surgimento de uma doença ou o estado de infelicidade, o encontro com Deus não acontece, porque atrás de todos estes motivos está o ego. O ego é imenso demais e a sua busca consiste na realização de um interesse particular

ISSO É MUITA SABEDORIA

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

Clarice Lispector
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Augusto Cury

10 maio, 2010

Oração Pelos Amigos

Pai, eu lhe peço que abençoe meus amigos que estiverem lendo esta mensagem.
Faça-lhes uma nova revelação de Seu amor e poder. Espírito Santo, peço-Lhe que ministre ao espírito deles neste momento. Onde houver dor, conceda-lhes sua paz e misericórdia.
Onde houver dúvida, renove-lhes a confiança na Sua capacidade de operar através deles.
Onde houver cansaço ou exaustão, peço-Lhe que lhes dê compreensão, paciência e força enquanto aprendem a se submeter a Sua direção.
Onde houver estagnação espiritual, peço-Lhe que os renove revelando Sua proximidade e atraindo-os para maior intimidade com o Senhor.
Onde houver medo, revele Seu amor e incuta-lhes Sua coragem. Onde houver o obstáculo de algum pecado, revele-o e quebre, o poder que estiver exercendo sobre a vida deles.
Abençoe suas finanças, conceda-lhes maior visão, levante líderes e amigos para dar-lhes apoio e encoraje-os.
Dê a cada um discernimento para reconhecer as forças negativas que os rodeiam e revele-lhes o poder que têm no Senhor para derrotá-las.
Peço-Lhe que faça todas essas coisas em nome de Jesus. Amém

07 março, 2010

Se nós não fizermos quem fará ??? Padre Beto

Muitos grupos, sindicatos, instituições, associações já perderam a sua própria razão de ser.

Apesar de sonharmos com um mundo novo, continuamos vivendo em uma "Terra de muitos males." O próprio surgimento de iniciativas que busquem a melhoria de qualidade de vida para todos é um fenômeno raro em nossa sociedade brasileira, pois o sistema de consumo no qual vivemos reforça o egoísmo e a luta individual contra os outros. A segunda dificuldade é encontrada nos próprios grupos já existentes. No início, toda iniciativa é marcada por um idealismo criativo que é capaz de transformar um bairro, um meio ambiental ou até mesmo uma região dando mais vida e esperança aos seres humanos. Porém, no transcorrer da interação com a realidade, presenciamos normalmente um processo de acomodação.

As pessoas e os grupos vão se distanciando dos princípios que lhes deram origem, geralmente princípios revolucionários e subversivos, criativos e dinâmicos. Estes são reinterpretados perdendo suas características iniciais ou são substituídos por princípios menos exigentes. Muitos grupos, sindicatos, instituições, associações ou iniciativas privadas percebem que já perderam o carisma inicial e sua própria razão de ser, mesmo assim fecham os olhos para o apelo do presente perdendo a oportunidade de fazer a história.

Como escreveu Raul Seixas: "Geralmente, a humanidade costuma olhar o presente através de um espelho retrovisor. Isso significa dizer, que ela só percebe o presente quando já é passado". Seja você um sujeito da história e se comprometa mais com a sociedade, na qual você vive.

O TEMPO PARA SER FELIZ É AGORA, O LUGAR PARA SER FELIZ É AONDE VOCÊ ESTÁ!

ESCUTATÓRIA - Rubens Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:
"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.
(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.
Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".

Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.